31/01

O discreto e intermitente ruído por entre os vidros separa a pequena sobreloja da cafeteria do pátio. Passos prenunciam a moça pálida num louro alaranjado das pessoas-mostarda pouco sublinhadas. Uma estrela solitária na saboneteira, o conjunto jeans pouco revelando do sutiã de alças pretas, numa pose da escrita no caderno pousado pela mesa com o celular. O café do copo é o único a esfriar.

28/01

Do pescoço ao redor, e nos arredores, pormenores.

26/01

Os tantos predicados que ela insinua convergem para insuspeitos olhares de observações cotidianas. Não há, como em qualquer momento especial, o especial momento; são das nuances cíclicas e da sutileza diária a real expressão daquilo que se julga a verdade da vida.

22/01

Embebido em lábios, o sorriso recorta o panorama em busca do momento ideal.

17/01

A espera incondicional do restaurante não anteviu duas das moças em rumo contrário; havendo quanto à segunda, morena executiva, o despertar da atenção quando do cruzar de vistas em instantes além-relógio. O fio dos olhos, o flerte insinuado em discreta atenção maliciosa no passar-além; foram esses e tantos outros os instintos disparados pelo que de mais claro se esconde no escuro do cristalino.

 

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