23/04

O semblante sugere o norte Europeu, quase russo para o ignorante sonhador; os olhos em raspas verdes encimam tons escuros como a aurora, de todo modo acompanhados pelo suave bronze do rosto que aufere predicados do observador.

19/04

Para saber sorrir é necessário conjunto. Tanto mais que a boca, é importante repercutir pelo rosto o movimento, como a pedra n’água. Os olhos em apoio fundamental. Bochechas, a testa; cooperação.

Lápis nos olhos, horizonte no hemisfério dos desejos. Cintura da vista; orientação. Tudo em dimensão diminuta como convém aos pensamentos.

Moça do gerúndio
Preocupada com pretéritos
Perdida no presente

15/04

Escrevendo é que desembaraço o pensamento.

O tanto que não sei me permite as diferenças.

O breu diz pouco dela na fila do caixa. Diminuta como o próprio olhar, há inquietude revirando-se em pique-esconde para varrer o ambiente como um farol. Maré, ansiedade e mansidão no rastro-guia.

3/04

O desengonçado da moça esguia corrige o previsível; parece vela de barco miúdo que dança para prover equilíbrio. O vento empurra e dá apoio; ela, abrigo.

A história é trauma, drama; trama. É mantra.

A língua se espreguiça em poesia.

 

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