25/05

Aos esportistas de poucas modalidades e aos de origem humilde – e somente a eles – é consentido o reconhecimento uníssono da conquista, neste país. Não é novidade. Escapa também, por vez, algo que não seja do brilho do vidro, da celebritização da coisa ou alguma atividade que, de tão específica, passe abaixo do paralelepípedo. Ainda assim, é entregue ao radar bolorento que teima por manter-nos pequenos, contidos, vitoriosos-da-mesa-de-bar, resignados com o canto escuro do quarto, onde, ao denunciar o mundo, entregamo-nos em qualquer entrelinha, como se o caráter fosse uma aferição bancária às avessas. Mais seriedade, por favor.

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