25/09

Observando um caminhão que recolhe entulho, imagino se a timidez severa sobreviveria às circunstâncias da necessidade profissional:

– Moço, será que eu poderia depositar esta caçamba de cinco metros cúbicos na calçada?

Não sei.

24/09

Em 1991, orgulhoso com o estágio no Iplan-Rio – atual Instituto Pereira Passos –, mantinha o crachá de letras garrafais em minhas andanças pela rua.

Esqueci do Rock in Rio II dentre os primeiros assaltos, do boné arrancado pelo garupa da moto na rua deserta em que esperava o ônibus. E o pior não foi reencontrá-los em ronda, parando para zombar; mas horas depois, quando, exausto, recorri às dicas de coletivos das redondezas.

Negócios à parte.

23/09

Peço ao meu pai três títulos cedidos há tempos:

– ‘tá, eu te empresto.

Mostro à minha mãe o pequeno Caldas Aulete:

– Ah, obrigado, é sempre bom ter um desses. Vou deixar aqui na mesa.

Há mulheres com indiscutível dom para o sorriso, como a Grazi Massafera. É café da manhã de propaganda.

A um metro, e se esquece até do nome.

Falaram que as medalhas do Pan quebram com facilidade.

Deve ser reboco da Vila.

22/09

Ator baiano; pintor gaúcho; editora paulista…

E daí?

Três convites aboletam-se após um longo intervalo das palestras, abrindo a possibilidade para um adiado rodízio de presenças “Visorâmicas” – afora quando especificada a presença da dupla –, equilibrando os eixos.

Mas há o melindre interno pela sugestão, naturalmente. Bobagem.

Nome do jornal impresso: Hoje.

Não seria Ontem?

21/09

Registro de celular; perdoe o tremor.

O design das capas já foi menos burocrático.

Entrelinhas, mais um belo programa da TV Cultura, tem a não menos encantadora presença da Paula Picarelli.

20/09

A redação contratual, se precisa, remete à beleza de um pequeno sistema verbal.

Quantos mentem a profissão para aquelas entrevistas de rua? Talvez eu sugerisse Aqualouco, Físico Nuclear ou Arquiteto*. Ginasta, inclusive.

* Art Vandelay.

– Você sabe que eu fiz dois CDs da Sandy & Junior, né?
– Sim, medo total!
– A frase mais surreal que eu ouvi na vida foi: “Prazer, Xororó!”

19/09

Demorei a perceber como os litros diários de Matte Leão vinham comprometendo o meu delicado ácido úrico e o tremor das mãos. Agora, só Praianinha, que não engana.

E, pesquisando os sintomas: Pacientes gotosos podem permanecer 20 a 30 anos com ácido úrico elevado antes da primeira crise.

Serei eu, gotoso?

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