O discreto e intermitente ruÃdo por entre os vidros separa a pequena sobreloja da cafeteria do pátio. Passos prenunciam a moça pálida num louro alaranjado das pessoas-mostarda pouco sublinhadas. Uma estrela solitária na saboneteira, o conjunto jeans pouco revelando do sutiã de alças pretas, numa pose da escrita no caderno pousado pela mesa com o celular. O café do copo é o único a esfriar.
Os tantos predicados que ela insinua convergem para insuspeitos olhares de observações cotidianas. Não há, como em qualquer momento especial, o especial momento; são das nuances cÃclicas e da sutileza diária a real expressão daquilo que se julga a verdade da vida.
Embebido em lábios, o sorriso recorta o panorama em busca do momento ideal.
A espera incondicional do restaurante não anteviu duas das moças em rumo contrário; havendo quanto à segunda, morena executiva, o despertar da atenção quando do cruzar de vistas em instantes além-relógio. O fio dos olhos, o flerte insinuado em discreta atenção maliciosa no passar-além; foram esses e tantos outros os instintos disparados pelo que de mais claro se esconde no escuro do cristalino.
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