30/06

Brasil, onde se reage via Orkut.

– Seu nome?
– Doutor Fulano.

Puta que pariu.

A triste ironia social constata: favela em morro; morro em favela.

Inaugura-se, aí, a Poesia de Alvenaria.

29/06

– Odeio velho tarado.
– Prepare-se para brigarmos em quarenta anos.

Sou do tempo em que pivetes eram o temor comum.

28/06

Ainda verei, diante da indagação jornalística, o premiado:

– Foi sorte, mesmo.

Há quem ame pechinchar, enquanto maldigo valores incoerentes, segundo a circunstância e a cara do freguês. Em via imobiliária, então, fica particularmente irritante “ouvir 10 e contrapropor 6, para fechar por 8”. Que saco, esse teatro.

Atende por Lawrence Eagleburger, o ex-Secretário de Estado dos EUA.

27/06

Já disse, é a melhor época do ano.

Que as favelas incham mais que o Maradona, todo carioca sabe. Fora as que pipocam a cada encosta ou margem. Mas os tempos mudam, e, talvez, as causas.

Ainda vale apostar no fluxo migratório nacional, ou já se consolida o deslocamento entre os diferentes perfis econômicos de cada favela? Podem ser ambos. Devem.

Some o governo, então, e deixe ferver.

Ps.: Se bem que “somar”, aqui, está mais para “sumir”.

– Há vida lá fora?
– Faz tempo que eu não saio.

Uma parcela do jornalismo, diante de tantas referências aos serviços de relacionamento online, como o MSN e o Orkut, sinaliza com o cotidiano da redação.

Vai dizer que não?

26/06

– ‘tô bolado com a bárbarie em cima da empregada doméstica.
– Um é estudante de Direito.
– Surreal.
– E prenderam ontem, também na Barra, duas estudantes de Direito roubando roupas num shopping.
– ‘tô ligado.
– Sabe o que é isso tudo? Estágio.

– Acho que está rolando greve dos coveiros.
– No Rio, é transtorno maior que a de garis.

Se eu for pensar a vida como um filme, qualquer pose de foto é drop frame.

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