A carreira de pequeninos pelos rodeia a orelha para emprestar textura aos dedos, ou ao nariz que se insinua junto ao abraço.
31/08
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A mulher-hipérbole é um exagero necessário não pela necessidade em si, a fome de linguagem.
É pelo movimento, o tempo e seus preenchimentos. São ondas e não pretéritos distantes.
Ao invés dos rasos, somente aqueles constantes.
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21/08
A mulher de porcelana veste cinza para a ginástica. Uma camiseta rosa acompanha.
A mulher de porcelana pouco sugere em movimentos, posto que se basta em delicados lábios, nariz e traços. Seu louro, como convém, escorre em rabo de cavalo como um adorno cerimonial.
A mulher de porcelana tem olhar determinado, às vezes contido, provocantemente discreto.
Mas ela sorri, deixa entrever o belo. E seu entorno ecoa como os respingos da pedra no lago.
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