– Você é uma figura.
– Naranjito?
Não me preocupa o relatório de segurança feito pelo governo australiano, Danilo. É a geografia.
Uma querida colega confrontou a minha ironia para com o design, certa vez, teimando com uma suposta desqualificação por mim atribuÃda ao ofÃcio, e, que, pela projeção profissional, desmotivaria tantos. Não é por aÃ.
Não pretendo vender a carreira, mas exercer uma autocrÃtica pragmática, otimista e não efusiva. E é com o humor que me faço ler tantas vezes, pela fácil digestão.
E, se eu represento algo, espero que a mensagem siga por aÃ.
Que aflição desses apartamentos com pisos de cerâmica, tal qual casas de praia. E aquelas portas de plástico, sanfonadas?
Não agüento mais chegar ensopado aos lugares, que inferno.
Efeito Esponja.
Se o meu sobrenome fosse Smári Guðjohnsen, errariam menos.
A Lioubov Klevtsova reacende o meu desejo por uma concertista.
– Que papo é esse de goianas falando de mim?
– É que eu saà com umas amigas e só falei em você! Daà que agora elas querem te conhecer, claro.
– Falou o quê?
– Contei como você é.
– Que eu sou o Papai Noel? Gordo, barbudo, moro longe e apareço uma vez por ano.
Com o tempo e a idade você percebe que, muitas vezes, a verdadeira crÃtica é não dar suporte.
Não conferi a revista Luxury Printing, mas pinço um trecho da apresentação:
Nosso ponto de partida foi nossa profunda insatisfação diante da grande maioria da produção gráfica atual, cada vez mais submetida a uma lógica estritamente publicitária, distante de qualquer princÃpio, que tende mais e mais a uma profusão de ornamentos.
É isso, profusão de ornamentos. Agora eu sei como resumir quase todas as peças de design gráfico – experimental ou não – dos últimos cinco anos. Bolinhas, desenhinhos e personagens que não propõem.
Com o casal de estudantes públicos, o idoso, o surfista e o executivo, aquele vagão de metrô parecia um clichê de cinema-catástrofe.
Não são poucos e leves aqueles comentários fora de contexto em qualquer blog, mas alguns ainda assim se destacam pelos efeitos especiais, pela assustadora comprovação do maremoto em que o analfabetismo funcional se avoluma.
Pois, que penso em eleger o melhor – e por isso entenda-se dadaÃsta, filosófico, joyceano.
Só que não tenho tempo, conhecimento ou relacionamento para aprumar a pesquisa por alguns blogs, então jogo a idéia no ventilador. Quem quiser, que o faça com o devido cuidado para não promover falsos contribuintes. Tem doido pra tudo, até pra comentar.
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