Todos pela conversão da Austrália em colônia infantil internacional, onde toda criança cumpriria seus dez anos de exÃlio, pelo bem da paz universal?
Todos a favor?
Eu sabia.
Uma das mais raras e marcantes belezas de uma mulher, a voz, é um dado de extrema e prazerosa surpresa.
“Este produto foi preparado especialmente para você”, que adorna tantas embalagens para entrega, faz pensar: Caso passe mal, já se sabe que é pessoal.
Foi-se o tempo em que o ambiente de trabalho trazia felicidade. Há que se coordenar projetos em paralelo, mais uma vez, buscando um equilÃbrio de forças que mantenha a cabeça erguida. Por enquanto a distância cresce.
Mesmo que o flagelo alheio mereça toda a compreensão, você há de concordar com o sofrimento impingido pelos gritos diários de um quase-vizinho com problemas mentais. Os berros repentinos vivem pegando qualquer um no susto, como uma martelada nos nervos.
Se bem que, uma a mais, uma a menos…
Alguém por favor implemente um corretor ortográfico no Orkut, antes que algum desavisado acabe cego.
Eu detesto a minha incontrolável cara de bobo diante de uma bela mulher. Raios. Raios triplos.
Há uma certa aflição em todo relato boçal cuja parcela de comicidade seja particular a um pequeno grupo, emperrando o repasse a terceiros sob a pena de incompreensão – ou pior, da reprimenda enérgica de quem não pode captar o humor, como se fosse você o culpado.
É o famoso “Esporro por tabela”, a bala perdida verbal.
Às vezes eu me sinto como aquela luz de açougue.
– “Eu estou em uma fase de analogias… à s vezes até sai uma que preste…”
– “Eu vivo essa relação de amor e ódio com os trocadilhos. É inevitável.”
– “Mas é aà que a vida fica divertida!”
– “Lembra uma vez, quando numa editora em SP, pouco depois do 9/11, um conhecido criador de trocadilhos horrorosos veio descendo a escada, já lascando ‘Fala, Talesbão!’.”
– “Ahahahahahaha… pense que é melhor ouvir isso, do que ser surdo!”
– “Ou seria ‘Curdo’?”
Convém fazer as pazes com o meu corpo. Logo.
Dentro do enxugamento da equipe, o processo de redução do custo fixo visando a amplitude da captação orçamentária, voltei a acompanhar os e-mails institucionais, dois anos depois. A primeira fase, desde 97, proporcionou uma correspondência considerável, centrada no cadastramento para o Design de Bolso, com espaço para elogios e depoimentos revigorantes. Foram também os questionários preenchidos, as pesquisas acadêmicas ou as convocações de outros estados e paÃses. Tudo muito bom.
E não se pode negar a surpresa pela permanência e o nome que o Design de Bolso conquistou, mesmo sem uma edição há quatro anos. Uma geração já o acompanha pelos PDFs, reforçando o legado e a ressalva: Uma nova fornada definir-se-á pela disponibilidade e a disposição, que não se pretendem forçar. A gestação demanda um tempo próprio, que haverá de acontecer para aquele possivelmente número 4, fechando o ciclo. Outros projetos correm em paralelo, todos em consonância, utilizando-se apenas de um suporte ou mesmo uma proposta diferenciada. É questão de aguardar.
E quanto às duas publicações derivadas – uma coletânea do Design de Bolso e o grande apanhado sobre a produção daqueles cinco anos de salinha, permanece a espera. É algo que ainda pretendo cumprir.
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