O relacionamento pode ser uma caixinha de soberba.
Se há dúvida quanto à notória diversidade musical em Nova Orleans, há certeza no otimismo pelo pacto de intercâmbio com o Rio, cujo efeito vistoso é o Jambalaya Jazz, homônimo da culinária multicultural cujo sabor, pregam, é divino. A perfeita tradução.
Conferi a penúltima noite – última no bem azeitado palco do Cais do Oriente, que, junto à Fundição Progresso e ao Sofitel, resguardaram a aura jazzística nesses dias chuvosos. Ainda que tenha perdido tantos notáveis em apresentações preliminares, encontrei Walter “Wolfman” Washington, lendário guitarrista cuja tenacidade revela raízes de blues, soul, gospel e funk, acompanhado pelos excelentes The Roadmasters e seu raro groove.
E mais? Uma fotógrafa que não percebia o efeito elástico da calça a cada agachar, num vai e vem da pequena calcinha que torceu olhares. Free Jazz.
Bruno Fortunato, do Kid Abelha; e Amaury Jr. .
Meu sobrinho, encantado com a menina de oito anos:
– Você gostou dela, Paulinho?
– …sim.
– Por que não fala com ela?
– Eu tenho vergonha.
– Você não quer namorá-la?
– Não posso. Eu ainda não dei flores.
Aos quatro, preferindo a maturidade.
Não é minha inconstância; mas a coerência questionável da humanidade.
– O modelo de exaltação religiosa e retórica social parece interminável.
– É o templo a favor.
Ninguém escapa ao implacável “poder envelhecedor do poder”.
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