18/03

Completaram-se dez anos da morte dos Mamonas Assassinas, veja. Lembro da notícia no rádio de um táxi, em Manhattan.

Há uma década, em Nova Iorque, magro e com cabelo – mas eu sobrevivo ao saudosismo fácil.

Pulso firme e dedo duro: eu não sei se isso é receita de combate à corrupção, ou de urologia.

Invejo os grandes carros americanos, que acolhem com propriedade; é muito chato virar uma peça de Tetris nos pequenos modelos. Há táxi melhor que um Opala ou Ômega?

Parabéns via-scrap é deprimente.

17/03

Como todo o Sistema Jornal do Brasil, a Rádio Cidade não escapou da penúria e a conseqüente cessão a terceiros. É mais uma iniciativa que me sugere o posicionamento da OI como uma Virgin.

Elucubrações à parte, a verdadeira e primeira FM nacional continua fazendo falta. Ah, Rádio Imprensa… Democracia pura, e boa.

16/03

E o que leva uma pessoa a se utilizar de “brincadeiras” como tocar nas partes alheias, se esfregar, coisa do tipo? Não me refiro nem à opção sexual mal resolvida, mas à noção de ridículo, e mais, de perigo.

Alguma coisa acontece no meu coração, mas o doutor disse que são gases.

Essa premissa de que o grande salário justifica maiores críticas de desempenho, é no mínimo curiosa. Imagine se aqueles de pequena renda – ou devo chamar maioria? – estiverem isentos de uma avaliação plena?

É engraçado ver um homófobo acusando o outro insistentemente.

15/03

No embalo das boas notícias e o desejo de informá-las, a gente acaba invariavelmente exposto ao impulso alheio descontextualizado, geralmente um desabafo panfletário contra a empresa contratante, algo assim. Água gelada perde.

E você vai aprendendo a escolher ouvidos.

Alguém tem que fazer o trabalho sujo.

Ainda não responde em bom número o porcentual ciente das particularidades urbanísticas desta cidade de São Sebastião, cujo perfil, provavelmente único dentre as de seu porte, ajuda severamente a contextualizar o caos atravessado nos últimos anos. A natureza dos maciços por onde a teia urbana escorre, por exemplo, proporciona junto à falência do estado uma gestação profícua das comunidades carentes contíguas aos bairros oficiais, estabelecendo dezenas, centenas de pequenas periferias pela cidade; expõe-se aí um retrato democrático do que provocamos. E o que mais? Quando o poder público ignora o surgimento ou uma posterior adequação, dando ao descaso, quando muito, um viés politiqueiro, abrem-se frentes de violência explícita não só para os co-habitantes, como para o mundo oficial, onde o CEP alcança. Se uma cidade que já atravessa uma reavaliação de identidade com as perdas administrativas ainda enfrenta, à partir dos anos 80, pela fome do eleitorado contido, uma demagogia gerencial potencializada pelas irascíveis políticas econômicas, o resultado chega a ser previsível. Mas não foi, e agora é óbvio.

Não transformemos o fato em fardo. É pensar, agir e vigiar. Leva alguns anos, como qualquer processo, mas pode ser feito.

14/03

Eu me achava importante.

Ainda bem que o tombo tem sido suave.

Se alguém perguntasse, até bem pouco tempo eu não teria uma opinião formada sobre o Santana, talvez incomodado por algumas canções específicas e desgastadas. Houve que dar a atenção pedida, porém, com a entrada em cena de um de meus bateristas prediletos, que agora acompanha a banda do guitarrista por aqui. O problema é a promessa de não mais comparecer a eventos de grande porte, o que é penoso, mas sábio. Imagino que não vá matar a saudade do Dennis Chambers dessa vez.

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