3/11

Próximo de casa, encontro o Carlos Lessa sinalizando para o meu táxi. Esclarecendo não ser o carro por ele solicitado – e sabendo da pressa –, proponho acompanhar-me nos metros finais, seguindo em diante.

Minutos após, ele aparece em um debate na Bandeirantes.

2/11

Eu detesto quando alguém fala em nome do DDB, ou da “dupla”.

Começa com a aquisição em uma página chinesa. O produto não chega, e a loja promete uma nova remessa:

elesbao
i sent your packaging by dhl, could you offer tax id no. for me, i will send packaging to you as soon as possible, thank you

Não me parece muito claro. A próxima:

yes, i sent your packaging by dhl, but you should offer your tax id no. for me, this way i can send your packaging to me, coz brazil packaging should offer tax id no. first, then we can delivery out for you.

Hem?

tax id no. that mean, you have no. to pay customs tax. you should give me the number, then i can send packaging to you.

Tax o quê?

i real don’t know about yor country things, only your country should offer that, example the other customer, his detail info is Tax ID: CPF XXX.XXX.XXX-XX, this way can help you to understand?

E o produto chegou.

O episódio lembra uma oficina em Nova Iguaçu, onde o colega ouviu:

– Fulano, como é que se diz? “Eu vou” ou “Eu fui”?

Ao que voa uma chave de grifo, aos gritos de “Imbecil! Ignorante!”

1/11

– Vou confessar. Aquele outro trabalho comprometeu tanto o desenvolvimento desse, o prazer da coisa – que era o único motivador, diante da verba ínfima –, que, ao final, diante do prazo exíguo e da insistência da banda em certos procedimentos, eu relaxei e deixei afunilar até que eles desistissem.
– Ah, relaxa.
– Já fizemos parte do material de vídeo, mesmo. As capas do CD e DVD seriam um “luxo”. A vontade, eu já matei.
– Na bala!
– E, roubada por roubada, os outros pagam direito. É aquele papo: “Quer me comer? Paga direto, pelo menos!”

O tempo avança; e, quanto mais intolerante eu fico, mais educado também.

« Página Anterior
 

Powered by WordPress