13/09

Faz tempo que meus eventos musicais restringem-se aos palcos jazzísticos, avesso às concentrações. São ingressos mais caros, e, ainda que com exageros, proporcionais. Comida a quilo já era.

Uma condição é fundamental, mas raramente praticada: a desburocratização da venda. Não caio mais na arapuca das filas intermináveis, o sofrimento pelas restrições da organização. Não faço favor – e se a aquisição é insalubre, que o evento padeça. Uma nova postura consumidora imporia respeito, competência e boa fé para as Ticket*.* da vida.

E também não serei eu a aplaudir qualquer ancião musical, cuja relevância prática perdeu-se há trinta, quarenta anos. O brasileiro, notório papagaio de auditório; aquele que aplaude até hino, minuto de silêncio e intervalo de música; anda sempre a postos para babar um gringo qualquer, caquético, tirando onda de consciente. É a Síndrome do Faustão, o “Exemplo de vida”, material farto para quem fala alto e conversa pelo celular durante o show.

Um dia a gente se valoriza. Ou não.

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