Minha mãe resume bem o perfil de quem se presta a acumular e distribuir más notÃcias, na maioria irrelevantes. Não imagino seu elogio direcionado a algo que fuja do filho ou de algum parente próximo, para comentar aspectos positivos e dar esperança. Motivar, então, é impossÃvel.
Reclama-se de tudo, todo o tempo e há anos, sem que se assuma ou dê conta; talvez um aspecto mais visÃvel do egoÃsmo depressivo que nos faz acreditar em problemas exclusivos, como que plantados pelos deuses para atolar. E, se faz mal conter a sensação, que dirá compartilhá-la em tempo real, como que buscando eco? O ambiente flui, as paredes contém e a herança vem parcialmente, felizmente amainada pela nova geração. Esclarecer é preciso.
O drama é descobrirmo-nos comuns, com problemas reais. É o pesadelo do deprimido, entender-se possÃvel.
Sabe José, tenho o privilégio de conhecer alguns exemplares dessa raridade, tudo envolvido com essa espécie são casos tão únicos. Não estão nos museus, talvez, por problema de superlotação ou falta de recursos adequados suprindo os quesitos necessários para manutenção desses sêres extraordinários.
abraço
Kátia
Kátia - 12.04.06 - 11:53 am
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