6/07

Uma bolsa de pano, grande, musgo, quase como a calça lisa mais clara, num pano que me escapa. Nos pés, uma delicada e clara sandália. A jaqueta jeans não permite ver a blusa, que perde importância diante do rosto, mesmo que de lado, em grandes maçãs – ah, maçãs! – que, podendo arredondá-lo em demasia, compensam-se na face levemente vertical, e tão cheia de pequenas curvas e sombras, que a projeção do cinema, quando a luz baixa, faz o pobre incauto imaginar. As orelhas, bem, elas guardam brilhantes – dois na esquerda, a que vi. O cabelo castanho deixa correr pequenas mechas douradas, como luzes ou algo semelhante. E ela, bem, ela é um sorriso que equilibra o todo, e que me faz lembrar, e pensar e pensar e pensar.

Devia estar acompanhada.

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