28/01

Desde o encontro com Naná Vasconcelos no banheiro do Nova Capela, entendo que a Lapa reserva o inusitado quanto o tema é o reservado. Pois que, recentemente, fazendo meu pipi, ouço do vizinho:

– Eu te conheço.
– Hm, acho que não.
– Você trabalha na tevê.
– Não.
– Trabalha, sim.
– Não.
– Claro que trabalha.
– Rapaz, eu não trabalho na tevê. Eu trabalho para a tevê.
– Ah, eu já fui jornalista. Pode ser isso.
– É…

E quando saio:

– Ei, não vai cumprimentar? – grita.
– ‘tá doido? Essa mão mijada?

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